DEUSA DAS ÁGUAS

Hei de me casar

com esta menina,

quando ela passa

ilumina a praça

com seu andar.

Até o vento

que se disfarça

lhe traz segredos,

sussurra manso

nas suas faces

quantos gracejos.

Menina moça,

leva consigo

este meu olhar,

porque seu jeito

é a mesma a causa

do meu penar

O seu sorriso

apagam todos

os meu cansaços.

Fico pensando

como seria

tê-la em meus braços.

Vestido rosa

do meu agrado,

e os cabelos

oscilando ao vento,

desarrumados,

esvoaçados.

Se chama Iara,

quero-lhe atenta

aos meus desejos,

quando passa

se desfaz

num balanço

que me enlaça.

Sobre o que sinto

não sei se calo

ou se falo,

se falo (ou não)

ela me desperta

e só ao sabê-lo

eu me desfaço

ao seu regalo

...............

sossega morena,

espera confiante

que a noite é pequena

e eu não lhe falho,

um dia em seu peito

encontro agasalho.

Sossega pequena,

seu carinho é abrigo,

embala seus sonhos

e serei todo ouvidos,

que na viagem da vida

meu destino é consigo.

José Luongo da Silveira
Enviado por José Luongo da Silveira em 19/07/2006
Código do texto: T197006