SE...

Se a juventude soubesse

que a vida hoje é uma rosa

maviosa

em viço e cor;

que toda vida vivida

é como a rosa

formosa, lívida flor:

Veria no dia mais dia,

no sol mais brilho veria,

sentiria mais amor.

Pois a vida como a rosa

pela manhã toda charmosa

a exalar os seus odores,

à tarde silenciosa,

queda-se ao chão dolorosa,

desiludida de amores.

...

E ao ver que o tempo passou,

e tudo quanto era belo

ele consigo levou,

conclui que tudo perece

na teia que o tempo tece

ao longo da estação.

Volta então ao tempo ido

e com o peito dolorido,

vê a vida que padece,

solta do peito um gemido:

--- Ah se eu ainda pudesse!!

MAS COMO A ROSA FENECE!

Júlia Carrilho Lisieux
Enviado por Júlia Carrilho Lisieux em 19/07/2006
Reeditado em 30/07/2008
Código do texto: T197505
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.