POESIA ÁVIDA

POESIA ÁVIDA

Eu faço poesia ávida

A vida assim me ensinou

De pouco sei quase nada.

E nada é suficiente

quando tudo é preciso

O alvo é certo

A flecha é torta

Nossa missão acertar

- Não sossego!

Minha dor não é irmã da resignação

Sigo.

Há muitas pedras no caminho...

tropeço.

Ao som do trovão esbravejo!

Minha dor é meia-irmã da indignação

Em vão tudo parece, às vezes e sempre

Choro, suplico, peço, confesso

Minha alma se revira do avesso

Meu suor é irmão menor da solidão

Meu caminhar intenso e canhestro

Meus pensamentos a poucos empresto

Vivo a resgatar o meu sôfrego verso

Dignidade, dor e dúvida em meu gesto.

10 e 11 de dezembro de 2009

Paulo de La Mancha
Enviado por Paulo de La Mancha em 18/12/2009
Código do texto: T1984592
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