Como costumava ser

Lembro-me como costumava ser

lindo nós dois como um só. Corpo

a corpo, lábios em êxtase. Ah! minha

linda, recordo-me e corrôo-me. Por dentro

ainda sei que me ama. Maldita boca maldita

que não se calou na hora devida.

Sou covarde, eu sei. Desculpas não bastam.

Basta! basta! Cresça, homem! Crie coragem

e não a deixe escapar. Tua covardia me enoja.

Vá lá, separa-te desta garrafa maldita. Ela

te quer, ela te ama! Como tu, ela não vive

sem teus carinhos, sem teu sexo, sem ti.

Ah! mulher, criança dos meus sonhos,

donzela presente nas minhas lutas

contra os dragões que tenho que vencer

todo dia. Sofro por não ter mais você

aqui perto de mim, sempre ao meu lado.

Vença esse seu orgulho e diga que me ama.

Quero afastar as lembranças e descobrir

como seria agora, só agora, sem o passado

para nos inibir e assombrar. Queria mesmo

esquecer todos os acontecimentos e apenas

lembrar do que senti em cada segundo

quando éramos realmente felizes, juntos.

Mas não adianta, ainda lembro-me como costumava ser.

melão
Enviado por melão em 21/07/2006
Reeditado em 24/07/2006
Código do texto: T198461