Calem-se

Calem-se os homens

Ante o vitupério da razão

Emudeçam suas vozes

Ponham a mão no coração

Sintam o compasso

Como um relógio fibroso

Ou um violino orgulhoso

Feito, porém, em pedaços

Ponham as mãos nos ouvidos

E escutem atentamente

O som do nosso pensar

Como uma nota sutil e clemente

Fechem seus olhos e boca

Engulam suas salivas

Mergulhem em seu próprio pesar

Como quem vai ao fundo do rio

E volta com um diamante solar.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 20/12/2009
Código do texto: T1987683
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