Poesia de Bolso 41

Toma,

Já não me quero mais!

Quero antes a ti

Que a mim roubaste do espelho

Deixando um contorno impreciso.

Acendo um cigarro...

Levanto e abro a janela

O sol me atesta

Que existe vida lá fora

Embora aqui dentro o que more

Seja a sombra da demora...

De mim mesmo exilado

( De que lado fica o mundo? )

Vou trilhando os descaminhos

Sou rascunho extraviado

Como é não ser sozinho?

Aldo Guerra
Enviado por Aldo Guerra em 22/07/2006
Reeditado em 23/07/2006
Código do texto: T199363