Se foi, sem se despedir...

DERRAME CEREBRAL - PARALISIA!

Meu pai se foi...

E se foi num silêncio profundo!

O que sabia,

o que pensava,

o que sentia...

Queria falar, mas não podia...

Suas mãos não se moviam,

Seus nervos não reagiam,

Somente seus olhos diziam...

Seu desespero era tanto,

Sua vontade era tanta,

Mas os neurônios não se entendiam.

E assim ele se foi...

De madrugada,

na nossa ausência!

Foi – como dizia a outros –

Morar lá em cima,

No morro atrás da igreja.

Foi e ficou, não volta mais;

Aos pés da santa

que no azulejo edificou

para a mãe – minha e dele!

...com elas agora ficou!...

Cumpriu sua missão

e deixou exemplo de viver

Vai - e fica com Deus!

é só o que podemos dizer...

21/07/2006

Dedicatória: ao meu pai, que nasceu na Terra (nesta encarnação recente) no dia 21/07/1921 e renasceu em outra dimensão no dia 07/07/1996. Apenas hoje, dia 22, foi que percebi que havia feito a poesia no dia do seu aniversário de nascimento - um dia muito próprio para uma reflexão dessa natureza!

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 22/07/2006
Reeditado em 21/09/2023
Código do texto: T199402
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