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Não revelem meu nome
Sou Poesia
Em carne e osso
Bem mais osso, por ter fome de mundo
Sairei pela estrada
Pés descalços
Sem ninguém conhecer
Quero a solidão
De meus textos na mala
Um poema em minha carne
E paixões... mal resolvidas...
Por favor,
Não revelem meu nome,
Meu endereço,
Meus gostos e gestos,
Meu temperamento.
Minha historia
É esse cumulo que eu acumulei,
De mentiras,
Segredos
E perguntas, que por mais que se inquietem,
É melhor, que não tenham respostas...
Meu silêncio,´
É meu modo de ser, simplesmente...
Um choro ridículo, por sobre o diário
Uma nudez escondida - por sobre mim mesmo.
E deixem que sondem...
Não revelem...