Rosa escarlate

Minha solidão é uma rosa escarlate

Que medrou no asfalto de uma rua qualquer,

De uma cidade qualquer . . .

Minha solidão é uma rosa escarlate sufocada

Pela verticalidade concreta dos enormes edifícios

Que obstruem a luz do sol . . .

Minha solidão não tem remédio:

Está fadada a fenecer olvidada

Diante do caos urbano,

Diante da indiferença dos transeuntes . . .

Oliveira