Abandono

Angélica T. Almstadter

Não há choro brando

Que amenize esse pranto

Essa chuva..esse temporal

Que deixa na boca o gosto de sal

Castiga o corpo frágil

Flagela minh´alma tátil

Na dor desse amor que inflama

Meu olhar pranteia e reclama

O que fizestes das canções

Das minhas juras e declarações

De amor explícito

Do meu verbo solícito

Onde guardastes o pecado

O meu amor tão dedicado?

Em que hora ficou esquecida

A minha jura sentida?

Em que braços

Guardou os meus abraços?

Em que boca perversa

A tua ficou imersa?

Em que poço de desejo

Perdi o teu beijo?

Em hora do dia

Bebi essa agonia...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 27/05/2005
Código do texto: T20143
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.