Abandono
Angélica T. Almstadter
Não há choro brando
Que amenize esse pranto
Essa chuva..esse temporal
Que deixa na boca o gosto de sal
Castiga o corpo frágil
Flagela minh´alma tátil
Na dor desse amor que inflama
Meu olhar pranteia e reclama
O que fizestes das canções
Das minhas juras e declarações
De amor explícito
Do meu verbo solícito
Onde guardastes o pecado
O meu amor tão dedicado?
Em que hora ficou esquecida
A minha jura sentida?
Em que braços
Guardou os meus abraços?
Em que boca perversa
A tua ficou imersa?
Em que poço de desejo
Perdi o teu beijo?
Em hora do dia
Bebi essa agonia...