Muito obrigado

Escarro sangue,

limpo o rubro que cobre minha face.

Levanto-me e inflamo:

“– Infame sê tu!”.

“– Quem pensa que és,

garoto?”

Tu retrucas.

“– Penso e sei que garoto não sou mais.

Cresci e aprendi

que tuas infâmias não fazem sentido.”

Tuas palavras

não me atingirão mais;

Tuas mentiras

me fizeram acordar;

Teu descaso

me fez acreditar.

Obrigado,

seu Verme,

muito obrigado.

melão
Enviado por melão em 25/07/2006
Código do texto: T201598