Muito obrigado
Escarro sangue,
limpo o rubro que cobre minha face.
Levanto-me e inflamo:
“– Infame sê tu!”.
“– Quem pensa que és,
garoto?”
Tu retrucas.
“– Penso e sei que garoto não sou mais.
Cresci e aprendi
que tuas infâmias não fazem sentido.”
Tuas palavras
não me atingirão mais;
Tuas mentiras
me fizeram acordar;
Teu descaso
me fez acreditar.
Obrigado,
seu Verme,
muito obrigado.