Devaneios
Tenho uma mente perturbada,
absurdamente incontrastada, desesperada,
e sempre ponho no papel as asneiras que
[sou
penso.
Não busco o inatingível
nem prezo pelo consagrado.
Nunca idolatrei o sacro
[posto que profano à razão],
mas ainda assim rezo pela minha alma
como um mendigo desesperado pela carne.
Não creio em símbolos,
apenas em mim mesmo
[egoísta que sou,
Desbravador de meus próprios sentimentos;
pobres e mansos alentos
de uma mente
- eternamente
perturbada.