Sou aquele

Dos românticos, sou o último;

Sou poeta, sofredor.

Sou dos que fazem do sonho a realidade,

Do amor a eternidade

Da vida a infelicidade,

Prisão do meu eu abandonado.

Nos bares que nunca entrei,

Percebo felizes casais de namorados,

Pobre utopia, felicidade preste a tornar-se sofrimento.

Tudo é passagem, tudo é engano,

Com exceção de meu sofrimento, meu abandono,

Medo de perder, nunca vencer,

Cair no esquecimento.

Sou sonhador, pensador solitário,

Tomado pelo vazio enorme,

Como enorme é o medo da derrota.

Sou aquele amante solitário,

Eterno apaixonado,

Longe da mulher que amo

E pela qual tanto clamo;

Sofro calado e mais me apaixono.

Sou o que sou.

Sou aquele eu busca na morte a solução,

No infinito, a salvação,

Na mulher amada, o desejo de ser feliz.

Sou aquele que sonha acordado,

Que contempla a luz, flores,

Pássaros cantando; céu estrelado.

Sou aquele que anda sem rumo,

Que grita pelo mundo,

Que chora feito criança

E trás vivo na lembrança,

O sorriso da mulher amada.

Sou aquele vencido pelo medo,

Inseguro pelas circunstancias,

Que acha encontrar na morte a libertação.

Enfim, aquele que apenas deseja ser feliz.

BJ Duarte
Enviado por BJ Duarte em 25/07/2006
Código do texto: T201841
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