De ápices e vértices

O auge

Que bom quando ele surge

Mas quando saber se é mesmo o auge?

E se depois dele vir outro ápice?

E se alguém aproximar-se

Dizendo: “Você é meu vértice!”?

Será que essa pessoa profere falácias?

Ou procura o auge na essência de remédios

Que não vendem em farmácias?

Auge após auge

Acabamos por perder o lance mágico

E o ponto culminante as vezes é trágico

Entretanto, o verdadeiro auge

É sereno, mas ruge

Como um leão sem centelha

Em contramão na linha vermelha

Num dia vermelho

Onde o amanhã será um espelho

Refletindo a alegria

De ter o auge todo dia.

Ricardo Villa Verde
Enviado por Ricardo Villa Verde em 08/01/2010
Reeditado em 13/06/2011
Código do texto: T2019018