Sombras

Sombras

As sombras do tempo não movem os relógios,

Não faz chegar os elevadores,

Não abre os sótãos onde escondo minhas roseiras.

A sombra da noite vem por mera distração da lua,

Refugiar-se próximo a mim,

Mistura-se entre a fumaça lenta do cachimbo

E som suave da lembrança do seu riso

As telas na parede tem sua face

Entre cores, abstratos, jardins.

Não apagam o que foi de fato,

Não conjugam amor em tempo passado

Ainda tenho todas as cicatrizes enfim,

Que insisto em disfarçar, nas sacadas,

Onde minha alma cansada,

Respira teus ares, incensos de alecrim.

Tonho França

Tonho França
Enviado por Tonho França em 25/07/2006
Código do texto: T201953