Vida... vida

Quem sabe a gente se encontra

na rua de madrugada

sem dobrar esquinas

sem molhar retinas.

Quem sabe a gente tenta

não ser tão certinho

nem ser tão polido

e aperta as mãos

como velhos amigos.

Quem sabe a gente bebe

um vinho, suave, tinto

sem trincar os dentes

sem cuspir a mágoa

tudo bem normal

gesto natural.

Quem sabe a gente dança

e a música lenta

arrepia a pele

no amor, o medo esquece

a nossa velha história.

Quem sabe a boca encarnada

seja convite

e o batom

precise ser re_tocado.

É... quem sabe!

Fátima Mota

FATIMA MOTA
Enviado por FATIMA MOTA em 10/01/2010
Reeditado em 24/01/2010
Código do texto: T2021362
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