O CERNE


Da loucura mais extrema
Em que tal inquieto olhar
Se apresente estratagema
Vai na espera do ultrajar
Uma serena ilusão

Perverso acaso, fatal
A quem vaga em mar de sonho
Perto do instinto animal
Que ataca em golpe medonho
Sem pena, sem coração

E foi assim que nasceu
Indefinido em torpor
Como vestígio do ‘eu’
Maldito, o espinho do amor
Que alimenta a solidão
Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 12/01/2010
Código do texto: T2025660
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