Belas paisagens
Subida para Teresópolis,
Onde parecia que terra e céu;
Finito e infinito, finalmente se encontrariam.
Todos felizes, namorados se amando,
E eu perdido em meio a tudo isto.
Perdido num mundo que não era meu;
Solitário, imaginando o sentido do amor.
Em meio a tantos existia um eu solitário;
Talvez porque não conheça o amor,
Pois distante de mim está o que é belo.
E mergulhado em meu eu,
Procuro descobrir o porquê de tudo isto.
Feito louco procuro o porquê de tanta agonia,
O porquê das incertezas do dia-a-dia;
Enfim, o porquê da infelicidade.
Busco em ciências, em razões diversas,
A causa desta dor insuportável.
Mas parece esta uma razão
Desconhecida de meu pequeno universo.
Enquanto isto, continuo no meu eu;
No meu sofrimento, minha miséria.
Continuo à procura daquela que parece não existir.
Procura da felicidade,
Que nem em belas paisagens,
Fui capaz de encontrar.
Olhando para o lado
Deparei-me com o voar das andorinhas.
Liberdade que nunca terei;
Felicidade em mim inexistente.
Invejei-as e chorei, confesso.