a noite

a noite tão noite

desse frio tão frio,

que se faz puro

o negro luto

da saudade.

essa lágrima tão seca, de raiva

de que se faz ira tão quente,

que incendeia indómita a negra cidade fria.

como se houvesse ainda corpo nesta pedra que anda...!

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 26/07/2006
Código do texto: T202795