Amor

Na indisfarçável cadência das horas

Sigo o badalo dos sinos

Rompendo a noite na janela da vida

Onde eu sei que tu moras

Trago os segredos dos meninos

Na rouco voz enternecida

E porque sei dos teus chamados

Na distância dos sóis anoitecidos

Te cubro de muitos zelos

No desmazelo da tarde que convida

Hei de beber da fonte em cachos

Teu amor em desvelos

E no braço da viola serenada

Prantear machucada de saudade

A alma cancioneira desgarrada

Que se perdeu no céu da cidade

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 28/05/2005
Código do texto: T20355
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