Amor
Na indisfarçável cadência das horas
Sigo o badalo dos sinos
Rompendo a noite na janela da vida
Onde eu sei que tu moras
Trago os segredos dos meninos
Na rouco voz enternecida
E porque sei dos teus chamados
Na distância dos sóis anoitecidos
Te cubro de muitos zelos
No desmazelo da tarde que convida
Hei de beber da fonte em cachos
Teu amor em desvelos
E no braço da viola serenada
Prantear machucada de saudade
A alma cancioneira desgarrada
Que se perdeu no céu da cidade