Desesperança
Quem me vestiu nessa pele, por certo,
Não me perguntou o quanto eu queria,
De tempo e de agonia nesse mundo incerto,
Assim, quando não mais gozo da alegria,
Da juventude despreocupada em risos largos,
Do abraço consentido e silencioso,
Me pergunto: Até quando esse farrapo serei?
Se não me visita, nem em momentos parcos;
O carinho de um beijo amoroso,
Nesse trono, que há muito não tem rei?
Conservo intactos, os sonhos meus,
Já sem promessas e sem desfechos;
E como o amigo, pergunto a Deus:
Quando é que me buscas? Que seja em breve.
Já me desfiz de tantos apetrechos,
Me preparo a cada dia, leve...