Desesperança

Quem me vestiu nessa pele, por certo,

Não me perguntou o quanto eu queria,

De tempo e de agonia nesse mundo incerto,

Assim, quando não mais gozo da alegria,

Da juventude despreocupada em risos largos,

Do abraço consentido e silencioso,

Me pergunto: Até quando esse farrapo serei?

Se não me visita, nem em momentos parcos;

O carinho de um beijo amoroso,

Nesse trono, que há muito não tem rei?

Conservo intactos, os sonhos meus,

Já sem promessas e sem desfechos;

E como o amigo, pergunto a Deus:

Quando é que me buscas? Que seja em breve.

Já me desfiz de tantos apetrechos,

Me preparo a cada dia, leve...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 28/05/2005
Código do texto: T20357
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