Saudades
Guardo uma saudade quase lírica
Onírica, neste desejo em que ardo
Bardo da minh´alma ainda cívica
Tísica nas angústias na qual tardo
Gentil ode que me visita gritante
Arfante, adentra meu corpo vil
De buril em punho qual amante
Que delirante esculpe versos mil
Escondo a saudade nas entrelinhas
Rainhas nas prosas cantando
E bordando na magoadas linhas
Ah poesia que te quero em mim viva
Altiva e escarlate como sangue de alforria
Agonia essa que me põe a deriva...