ATÉ QUANDO...

ATÉ QUANDO...

Até quando a morte nos separe,

dizem uns;

até quando o dia se for,

dizem outros;

até quando os minutos se passarem,

digo eu.

Ora canto a felicidade,

ora choro a amargura...

nem vai longe a distância

outra chave me tranca o peito!

Não é de mim

que vem tudo,

é de lá

é de lá...

que partem as desventuras!

A sensibilidade

não opera em tecidos aramados

e reage ao desprazer

que vem de lá!

fica condoída na

crueza esparada

e se fecha no tempo.

Estremece as muralhas

afundando os blocos;

permanece firme

no despropósito de espreitar

a dor que veio

e não se afastou!

Veio para matar...

veio

e não se foi!...

Zecar
Enviado por Zecar em 28/05/2005
Reeditado em 24/06/2016
Código do texto: T20402
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