MATUTANDO
Quando pela porteira da alma
Passa a boiada da dor
Nada na vida me acalma
Anda nas lagrimas as magoas
Dos sonhos, das tristezas e do amor
Vai secando de mansinho
A lagoa da saudade
Vai maltratando os olhinhos
Já não se tem os carinhos
Já não se encontra a verdade
Faço leilão dos meus sentimentos
Ou os colocarei no sebo da vida
Quero esquecer sem ressentimento
E viver cada mil momentos
Para a maldade não encontrar guarida.