Nada muda

Nada muda

Mesmo caminho

mesmo chão

pedacinho

de algodão

Mesmo delito

mesma desculpa

pedacinho de ilusão

Mesma rotina

mesmo colchão

pedaço de cortina

aberta no coração

Mesma mentira

mesmo perdão

pedacinho que vira

caco sem irmão

Mesma face congelada

Mesmo copo de veneno

Pedacinhos de lembranças

de uma vida arrancada

doída, cicatrizada,

e no céu me foi lembrada,

aos poucos desenhada...

pedacinhos de algodão.

Mando Mago Poeta 18:30 19/1/2010

Mando Mago Poeta
Enviado por Mando Mago Poeta em 20/01/2010
Código do texto: T2041373
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