Correio

Aguardo notícias suas

Em silenciosa agonia

Desejosa por sabê-lo

Vem o Sol, vai-se a Lua

Minha alma então desnuda

As razões de tanto zêlo

Há emoção nesta espera

Que castiga o pensamento

Testando a paciência

Há bem mais do que quimera

Prendendo-me ao sofrimento

Ao buscar correspondência

A caixa do lado de fora

Enfeita a entrada de meu lar

Como adorno especial

Como queria agora

Ouvir o som familiar

Do carteiro, no quintal

Sua presença me chega

Finalmente você vem

Em forma de letras impressas

Na folha você já me nega

O que considero um Bem

Um contato sem ter pressa

Como uma brisa suave

Que como chega se vai

Em forma de espiral

Sua presença mal cabe

Em frases como hai kai

Comentando o trivial.

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 28/05/2005
Código do texto: T20415