Engano

Penso, e jamais compreendi

Porque foste tão ingrato

O que esperava de ti

Era bem pouco de fato

Temia por tuas manhas

Por teus frágeis ideais

Entre tristezas tamanhas

Foste a que doeu-me mais...

Enxergava em teus olhos

Estranha luz inconstante

Brilho opaco, distorcido

Segredo em foco distante

E não havia calor

Não havia encantamento

Tu me negavas amor

Causando-me constrangimento

E recebestes tudo... muito

Fostes por mim, premiado

Dei-te o melhor dos meus anos

E a mim, nada foi dado...

Assim foi que desisti

E segui o meu caminho

Nem sei se fui eu que perdi

Ou tu, que ficastes sozinho!

Priscila de Loureiro Coelho

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 28/05/2005
Código do texto: T20420