Meu Demônio Salta Longe

O demônio terracota do hemisfério

Rompe o estro

Com seu lado funesto

Punga rede e mistério.

Lemas todos apontados ao mastro

De pistão iodado e lastro

A denodar cães de ardente fome

Num epílogo de sono e nome.

Meus sonhos de inverno argiloso

Para os quais, arrasto meias de gabardine

Não que ilumina, nem que alucine

Cabe à lâmpada, um negociar nervoso.

Os horóscopos matadores em dia tredo

Subornado rebento do medo

Na água límpida e cristalina

Limbo salta em safra, na esquina.

Todos nós sabemos... Sabendo:

Os sais a curar apendicites, andam lendo.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 28/07/2006
Reeditado em 24/08/2006
Código do texto: T204232
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