Decifra-me

Decifra-me pela face

Que oculto

Pelas falas tantas

Pelos delírios febris

Não tenho um rosto

Sou uma alma apaixonada

Que vaga

Minha poesia

Mapa escancarado

Do meu coração

Meu corpo feito de papel

Gravado tem poesias

Exalando o perfume das palavras

Risonhas, apaixonadas ou chorosas

Deixa rastro de melodias

No compasso do andar

Decifra-me se puder me ler

Amanheço, anoiteço

Em verso e prosa

Decifra-me pelas falas poucas

Pelos sorrisos fartos

Pela falta de censura

Pela poesia pura

Decifra-me sem me ver

Se puder me ler

Irá então me conhecer

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 28/05/2005
Código do texto: T20467
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