Drummoniado
Queria compor um poema pop
Desses que tocam nas esquinas
E sem medo se explodem
No velho bandido
E na voz feminina.
Um poema de corpo visual
Que gere cantadas e discursos
Apostas em mesas de bar
No duelo dos braços avulsos.
Um poema que cause morte
Revolução ou ataques de epilepsia
Mas que não morra virgem
Nas mãos de uma velha vazia.
Um poema sem muito pensar
Com muito agir
Sem muito sonhar.
Eis meu poema
Drummoniado como está.