um vão

Com hoje já são 3 dias que eles abalam minhas estruturas.

Para alguns algo encantador, pra mim aterrorizante.

Não que eu tenha medo do fim, mas tenho medo do gemido, do estrondo inoportuno. Um simples toque pode provocar isso tudo, como se fosse cargas positivas se repelindo. Posso escutar o barulho do meu estômago dando um nó e minha pulsação latejando no pescoço.

É exatamente por isso que amo assistir o mesmo filme mil vezes. Eu já sei o que vai acontecer.

Pode até parecer que não gosto do inesperado, pelo contrario; amo, mas não nesse caso.

Quando o clarão surge e aquele símbolo se forma, em alguns segundos eles levam embora a adrenalina guardada pra algo realmente bom.

Parecendo mesmo o fim. E quando tudo se normaliza vem mais outros e outros, iguais, maiores, piores, mais barulhentos pra desestabilizar tudo novamente.

Por aqui chamam até de as chuvas do verão.