Marcas
Faço desenhos com os pés
na areia molhada pela água
que insiste em trazer-me
de volta tudo que quero esquecer.
Não adianta virar as costas,
pois sempre vou me lembrar
do que passamos, dos sóis
que vimos nascer e morrer
sentados nos morros de areia,
dos shows a que assistimos abraçados,
dos lençóis que marcamos
com paixão e amor.
Linda, bons momentos são efêmeros,
mas nunca sairão das nossas memórias.
Todas suas maldades também me deixaram
ressentimentos que nunca mais sairão
da minha memória.
Te amei,
e ainda faço mau uso da língua.
Dê-me força,
deixe tuas mãos ao meu alcance.
Dê-me vida,
não feche teus olhos.
Toda força que me recusaste
e a vida que levaste embora
ao fechar de teus olhos
marcaram, e marcarão.
Vadia