Meus Anjos se Divertem

Perdigoto alienado fedendo a tufão

Peste subversiva, óleo de cachalote

Despedaçada rosa pelo imundo bastão

No passado velho de esquiva, papelote.

O candeeiro arde à sombra fria

Submerge alma na folha esguia

Não salta, nem umedece, desaquece

Ecoam desatinos apaziguados, em prece.

Buscam na lama acinzentada, o lobo

Encontram no fel da madrugada, o lodo

São impurezas trovejadas, Baco patife

Lançam-se vis, donde provêm o esquife.

Da fenda brota o óvulo envergonhado, esmaecido

Meus deuses, poetas em férias, riem de mim

Peço aos anjos de plantão, que dançam... Triste fim

O poder do pascigo na pena do amigo, esquecido.

Ó dia inusitado de orvalho vago!

Toxina botulínica no arcabouço do mago.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 30/07/2006
Código do texto: T205185
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