AMÁLGAMA

Meu coração anda perdido no labirinto

dos concretos urbanos

anda sem rumo, navega sem prumo

meu coração perdeu-se no norte

e no sul do oceano.

Meu coração menino envelheceu antes da hora

de dor já não chora e de amar anda cansado.

Meu coração de riachos d’água anda cheio

vaga nas ruas alagando sentimentos

transborda planícies, sangra nas veias.

Meu coração amálgama, às vezes

reage com saudade do abstrato

ingrato, precisa

de sombra, luz e água fresca .

FMota