recreio

no pátio das estrelas adormecidas

brinca a menina da amarelinha

que se perde em ‘pisa-não-pisa’

ela não pisa para o céu

das borboletas amarelas

perde-se entre sonhos

e imaginação

circunvaga tal tempo e ar:

incerta e leve

na palma das mãos

ela afaga um laço

de ‘silêncio’

o olhar se dilui

a ausência faz do coração

dela um inquieto colibri

de asas abertas a planar

sem vento

a menina quis

‘brincar de sempre

no estreito-pouco’

ao tempo do impossível

em que o momento

desnudava-se em

finidade acriançada