Agonia
Meus dias todos são repletos de tormento
Mal alvorece e tudo começa
Já não agüento mais, confesso,
Viver em tamanha agonia.
Se não fosse por um fio de esperança
Que rompe, ainda, de meu coração
Já teria me entregado
À morte, amiga que me convida.
De desgosto quase morro
Mas quem poderá ajudar-me?
Sou um fracassado na vida
Nada há que me satisfaça.
Ou melhor, só uma coisa,
Mas como é difícil, esta tão distante,
É o sorriso daquela menina,
A qual sonho ter, um dia, a meu lado.
Porém nada posso fazer
Não posso tê-la a meu lado
Tudo está contra nosso amor.
De agonia morrerei.
Como feliz eu seria
Se pudesse tê-la junto a mim
Vontade teria de viver,
A morte não seria mais
Aquela amiga íntima.
Mas enquanto não acontece
Vou aos poucos morrendo.
Nada posso fazer, confesso,
Pois meu amor é maior
Que a vontade de viver.
Maldito seja para sempre
Estas pessoas impiedosas,
Pessoas estas que causam nossa separação
Sem medir as conseqüências.
Não medem como é cruel
Como com isto o meu coração ensangüentado
Quase parando por tamanha dor
Vai sendo por eles picado, apunhalado.
Dor esta de uma paixão,
São dois apaixonados que não podem se unir
Somente por causa de uma ironia do destino
E da barreira que existe entre nós.
Porque não vem, oh amiga morte?
Só assim pararia de sofrer
E ficaria à espera de minha amada
Para nos unirmos na eternidade.
Morrer para mim é a única solução,
Não posso mais viver assim,
Pois sem tê-la a meu lado,
A vida não tem razão de ser.