Vôos
Toco os céus de alvas nuvens
Dedos espraiados na harpa cipreste
Que de cânticos breves se veste
Gotejando sons nas aragens
Aves solitárias me recebem
No abraço farfalhante das asas
Harmoniosas preces adentra casas
Senho baixo e contrito dizem amém
E se vão aos astros em rituais
Nos braços da névoa fria
Aureolados cânticos triunfais
Nos lábios as dores dos umbrais
Sob o ouro dos cabelos a afasia
Blasfêmia pra uns, vôos astrais...