INVEJA

Amanheceu sobre céu nublado

E o dia contando as estrelas da noite

Que como o luar não apareceu

Introduzido em uma folha de papel

Sob o raiar dessa luz;

Levas de gente deixaram o copiar

Quando a chuva deu uma trégua,

Vieram os aplausos amarfanhando-se

E suas linguagens não se entendiam;

Somente o guerreiro relatou o seu próprio delírio

E percebeu a noite querendo roubar do dia o seu brilho;

O sol fulge e a lua dardeja em competição, mas

Benditas sejam as estrelas

Que triunfam nos céus

Ofuscando o brilho de outras luzes

Deixando-as em cólera;

Luzes que encontraram a fama através

Da mesquinhez, desejando ter o mesmo brilho

E mesmo ardor de uma estrela, quando o sol se pôr;

Um caixeiro da luz atendia quando piedosamente...

...O mar veio proêmio, oferecendo sua beleza

E resgatando a sujidade acompanhada da tristeza que

Perturbava o humor e obstruía os sorrisos.

Júnio Dâmaso
Enviado por Júnio Dâmaso em 31/07/2006
Reeditado em 05/05/2007
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