Reflexões de um domingo à noite
Que mente porca. Quem mente torta.
Que doença, que falta de crença.
Que vida morta!
Lança-me no buraco! Passame do parapeito!
Que essa corda é frouxa demais
para fazer pender a cabeça dura que tenho.
Irretratável, irrefugante, intolerável.
Vil, sorrateiro desgraçado.
Ancorado no lodo enlamaçado
dos inglórios abastados. Insuportável.
Já disse: lança-me!
Que a vontade já me sobra,
mas a coragem já me foge.
Mata-me! Que essa vida é já tão ruim de se viver...