Interrogativas
Pelos segredos indecisos
perdem-se nas noites os amanheceres
dos muitos escondidos.
Quantos no futuro hão de haver?
Quantos mistérios tem o tempo
nos silêncios perigosos,
presos, sem pensamentos?
Quem se abriga nos olhos do céu
e cego, gira, gira o carrossel?
Ah, futuro! Por que de ti nada sei?
Qual é o tempo que me usas
e serves à vida - tua musa -
com a coroa de rei?
Canoas, fevereiro de 2010/RS