O bicho homem
Inserido nos seus próprios desejos
Assim é este animal racional
Sem limites, sem medos
Vai-se rumo aos sete pecados capitais
Impondo-se aos outros com palavras duras
Ou se alegrando com o mal de outrem
Levanta-se a voz para a ofensa
Apodera-se de dinheiro e de outros bens
Ativa os seus instintos
Come e bebe as coisas do mundo desordenadamente
E depois, como um bom bicho,
Faz adormecer o espírito completamente
E ao acordar, está cego
Para satisfazer os prazeres da carne
Seu dia é noite ao inverso
Que só lhe traz amargura e muita maldade.
Bárbara Dinamene