O TEMPO URGE
Tempo que corre...
Por que a velocidade do meu pensar,
Se a cada lembrança morre
Um pouco do meu bem-estar?
Ou o sono me engana,
Ou o sol se deita no horizonte
Onde tudo se irmana
Antes de ter bebido na divina fonte.
E o dia é de pedra e tombo
Onde se desafia a escória
Com afazeres ao lombo,
A perfazerem a história.
Será que o lodo da ralé sofrida
Está nas suas raízes fracas
Ao se contentar com o pouco da vida,
Ou nos fortes dominantes de mentes parcas?
Espero que o tempo cure a insanidade,
Que a solidão não aterrorize por ser só
E a cabeça do homem criando velocidade
Não se assuste se vier a ser pó.
WalterBRios
6 de julho de 2006