FRÊMITO DE ASAS
Os olhos dela eram como um céu de verão
refletido nas águas quietas do rio,
rio da minha infância.
O aroma suave de seu corpo
fez recordar os cheiros,
algo perdido na memória dos dias passados.
Que fazer se havia perdido o frêmito de asas?
Só o espectro da morte ronda meus sonhos.
Percebo agora, ainda que tardio,
os aromas, as cores e os sons
que teimam emergir do emaranhado de formas.