minha terra-mãe

Saí do frio e dos mares do sul

Pra conhecer a minha terra mãe

Mal cheguei e contemplei-me

Com o tapete cinza cercado de floras

Senti-me pequeno diante da sua imensidão

Verdes campos, morros mansos,

Curvas doces...

O Sorocaba com o tempo

Tive que visitar Votorantin, Itu também

Para tomar Vinhedo o meu carinho

A quem Registro o meu encanto

E fui para Campinas

Onde campos não há mais

E descansei em Valinhos

Reencontrei uma amiga paulista

E tinha mais amigos e não sabia

A 20 minutos dali,

Fomos para o hopi hari

And we went away very happy

Rezei na igreja São Sebastião

Abracei a minha irmã

E agradeci sem palavras

Inúmeras vezes...

Na noite saímos

Debaixo da lua cheia

Por entre as nuvens

Subimos e descemos as ruas

Até encontrar um bom lugar

Para podermos tagarelar

E rimos dos fatos da vida

Sem tempo, nem hora pra voltar

Fim do dia,

Noite de domingo

E pela segunda, tomei a estrada...

Parti, com pranto e afeto,

Para o frio e aos mares do sul

E fiquei assim

Vidrado na janela

Passei por Votorantin

Itu também

Não fique triste amiga

Valeu a pena...

Não apenas Valinhos...

E Passei por onde campos

Não há mais

E retornei ao tapete cinza

Cercado de floras e eu

De lembranças

Deixei-me levar pelas suas curvas

Viajei pelos verdes campos

Reencontrei a paz

Nos morros mansos

Parti com uma semente

Plantada no peito

Chamada saudade

Da minha terra-mãe

Mas, assim que os tormentos

Dos mares do sul cessarem

Voltarei a visitar o seu interior

Querida São Paulo!

Daniel Pinheiro Lima Couto

21/03/06