Que demora!

Deixei as malas lá na porta

E da janela espio a estrada

Já estou ficando até torta

Espreitando sua chegada

Cada carro, cada poeirão

Esfrego as mãos e fico aflita

Estatelo os olhos no chão

Prenunciando uma desdita

Está me dando comichão

Essa espera ansiosa

De ir balançando no busão

Ou na boléia toda prosa

Um quarto de hora já se passou

A água do café na chaleira secou

Veja que a lua despencou inteira

Sobre a minha cumieira

Chega logo seu tagarela

Ou eu me canso e vou ver a novela

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 31/05/2005
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