A raiva

Explosão desordenada do instinto,

Que ergue o ego quando a razão sucumbe:

És a entidade que se incumbe

De esquartejar o desalento que sinto.

Tu resgatas o homem sensível,

Da frivolidade estéril do gemido,

E faz do cambaleante oprimido

Um mostro horrendo e incoercível.

És progenitora dos desejos vingativos,

E traz vigor nos momentos exaustivos

Aos que se cansam do cansaço.

Impeli à guerra o espírito covarde,

E de rancor o coração encarde

Pára trucidar qualquer embaraço.

Marcos Paulo Silva
Enviado por Marcos Paulo Silva em 23/02/2010
Reeditado em 23/02/2010
Código do texto: T2102418
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