A raiva
Explosão desordenada do instinto,
Que ergue o ego quando a razão sucumbe:
És a entidade que se incumbe
De esquartejar o desalento que sinto.
Tu resgatas o homem sensível,
Da frivolidade estéril do gemido,
E faz do cambaleante oprimido
Um mostro horrendo e incoercível.
És progenitora dos desejos vingativos,
E traz vigor nos momentos exaustivos
Aos que se cansam do cansaço.
Impeli à guerra o espírito covarde,
E de rancor o coração encarde
Pára trucidar qualquer embaraço.