Nos porões da vida
Todos os dias eu
entrava pelos casarões,
construções antigas
de seu viver.
Abria portas, janelas,
armários e porões,
a procura
de uma alma viva.
Deixei marcas de meus passos
na poeira adormecida,
só para dizer
que estive ali.
E hoje,
cumprindo minha rotina,
temerário no meu itinerário
por nada encontrar...
Eis que descem as cortinas,
ilumina-se o palco todo,
uma vista deslumbrante
pois fim a minha procura.