INSENSÍVEIS
INSENSÍVEIS
Será que o cheiro da carne humana
Fritada em Auschwits
Tornou aquele povo insensível
Ao fritar das carnes do outro povo
Além da fronteira,
Ou
Será a autoridade de “o povo escolhido”
De Deus, que os faz ignorar que não há
Outra Raça de gente sobre a Terra
Que não a Humana?
E os do “outro Deus”
Que servem de sangue e vísceras,
Dos seus e dos outros humanos,
A taça do horror, porta do Paraíso?
E aquele, cujo “Deus” bebe petróleo
E come Dólares e pouco se importa
Para quem se reze, desde que não
Deixem de servir de carne suas fileiras?
E aquele que sempre dança sobre a linha
E encastela-se na sua ilha de fantasia
Sabendo muito bem quanto valem os bens?
Insensíveis!...
Eles são insensíveis porque sabem do poder
Gerador da força e da riqueza
Que os Dólares trazem.
O fritar da carne humana é só um detalhe
Que eles esperam que nunca acabe
Porque os povos, eles sim, são sensíveis
Às armadilhas de morte estendidas
Pelas religiões onde quer que interesse
Ver gente morrer por conta do poder
Sobre os poderes que se estabelecem sobre a Terra.