MAS MINHA ALMA, NÃO ACALMO!

Como o coração doeu

Quando o mar grande avançou

Há poucos anos, Deus meu,

Devastando o que encontrou.

Como senti a tristeza

Do sofrimento causado

Pelas forças da Natureza

Contra povos sem pecado.

Prometi não mais cantar

O mar lindo, azul e calmo,

Nem a traição perdoar.

Mas minha alma, não acalmo!

Agora 'inda foi pior,

Sismo da maior violência

A abalar tudo em redor

Destruindo sem clemência

Irmãos nossos, suas vidas,

Seus lares, suas cidades,

Estruturas abatidas

Causando fatalidades.

Quantas pessoas perdidas,

Os pais sem os filhos seus,

As crianças sem guarida.

Como sofrem, sabe Deus!

As réplicas sucedendo

Sem se fazerem 'sperar.

E, aterrados, predizendo

Que o mundo vai acabar.

Mandai anjos, meu Senhor!

Todos venham pra ajudar

O pobre Haiti, do pavor

Em que o vemos mergulhar.

Povos irmãos solidários

Socorrei-o sem demora.

Que não se tornem precários

Nossos esforços de agora.

Aplacai ó meu Jesus

As forças da Natureza.

Do alto da Tua Cruz

Só Tu podes, com certeza!

Lisboa - Portugal

Maria da Fonseca
Enviado por Maria da Fonseca em 26/02/2010
Reeditado em 26/02/2010
Código do texto: T2108863