rente ao muro
passo assustada
a f a s t a d a...

deixo o espaço
o  espaço da calçada
um bocadinho de nada

pois  logo  ali ele passa
veloz,  feliz
muitas vezes sem graça

quando na chuva 
respinga-me a   lama
do ama, desama...

mas no  sol quente
também sigo  rente
sem encará-lo de frente

que passe ao largo
arrancando  do amor
apenas um trocado...

passe...
mas passe ao  largo...
é a medida do sossego
é o réis, que por amor não pago

Foto: Taci
Praça de Casa Forte - Recife


TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 27/02/2010
Reeditado em 27/02/2010
Código do texto: T2111353
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